quinta-feira, 25 de abril de 2013

Hoje, enquanto tomávamos o café da manhã, a Laura perguntou-me se eu era feliz. São 11h da noite e estou às voltas na cama com essa pergunta a bombardear me o pensamento. Sei lá se sou feliz! Nunca me preocupei em saber isso porque raio é que hoje me comecei a preocupar? Tenho os meus cães, a companhia da minha família nos almoços de Domingo, a minha aula de ginástica todos os dias de manhã. Até hoje eu chamava a isto felicidade, agora? Agora já não sei! Desde criança que demonstrei interesse na arte da representação. Interesse esse que aos poucos foi destruído por palavras e insinuações dos meus pais. Aos poucos esse sonho foi desaparecendo, ou pelo menos era o que eu achava. Venho hoje a descobrir que estava apenas hibernado, à espera do dia que alguém ou alguma coisa o acordasse (…) Esse dia chegou hoje com a pergunta da Laura.                                                                                                       O trovejar lá fora e o bater da chuva na janela ajudam-me a recordar os tempos de infância. Tempos em que eu lutava pelos meus sonhos, em que acreditava que era capaz de tudo e que quando crescesse ia ser feliz (...)  Eras tão ingénua Marta! 

Sem comentários:

Enviar um comentário